21/09/2021 às 10h16min - Atualizada em 21/09/2021 às 13h46min

Pecuária nacional está apreensiva com a ausência das compras chinesas

Desde a última sexta-feira o mercado do boi gordo registra preços estáveis, com poucos negócios e, segundo analista de mercado da Agência Safras, Fernando Iglesias “o mercado permanece em compasso de espera”. Para Iglesias, “a ausência do principal importador de carne bovina brasileira segue gerando transtornos. Os frigoríficos exportadores ainda trabalham no remanejamento de suas escalas de abate. Estima-se que importante parcela de carne bovina aguarda escoamento em câmaras frias ou nos portos. Nesse ambiente é compreensível que os frigoríficos sigam exercendo pressão sobre o mercado”, acredita.

Ele também faz uma análise dos pecuaristas que produzem pelo sistema de confinamento, lembrando dos custos de nutrição. “A necessidade de manter os animais por mais tempo resulta em ampliação dos custos com baixa capacidade de repasse ao longo da cadeia produtiva”, diz o analista.

Safras relata que, “em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 304 na modalidade a prazo. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 285. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 302. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 285. Em Uberaba (MG), os preços estão em torno de R$ 304 a arroba”.

O consultor também avalia o mercado atacadista. “O ambiente de negócios aponta para menor propensão a reajustes no decorrer da segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo. Precisa ser mencionado que a carne que no momento aguarda para ser embarcada ainda não foi ofertada no mercado doméstico. Caso isso aconteça, os preços derreteriam levando os frigoríficos a exercer pressão ainda maior sobre os preços na compra de gado”, alerta Iglesias.

O material, reproduzido pelo clipping da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) relata que, “o quarto dianteiro ainda foi precificado a R$ 16,30 o quilo. Ponta de agulha também permanece precificada a R$ 16,30, por quilo. Quarto traseiro ainda é precificado a R$ 21,50, por quilo”.


Da Redação.

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