O mercado de milho na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) registrou forte baixa na terça-feira (29), refletindo o avanço no plantio nos Estados Unidos e o clima favorável para as lavouras na América do Sul. Os preços da commodity foram impactados por uma série de fatores, incluindo a expectativa de um aumento na área plantada com milho nos EUA, o maior em 12 anos, e a influência de um quadro climático positivo no continente sul-americano.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), até 27 de abril, a área plantada com milho nos EUA estava estimada em 24%, ligeiramente abaixo do número do ano passado, que era de 25%, mas superior à média dos últimos cinco anos, que é de 22%. A semana passada registrou um avanço, com o plantio crescendo 12 pontos percentuais. O USDA também informou a venda de 120 mil toneladas de milho para a Espanha, com entrega prevista para a temporada 2024/25, o que pode ajudar a amenizar os impactos da baixa no mercado.
Além disso, a previsão de chuvas mais leves no Meio-Oeste dos Estados Unidos não deve representar grandes obstáculos ao ritmo da semeadura, mantendo a expectativa de boas colheitas para a próxima safra. No entanto, o avanço do plantio e o quadro climático favorável na América do Sul exerceram pressão sobre os preços, que encerraram o dia em forte queda.
Os contratos futuros de milho com entrega em julho de 2025 fecharam com recuo de 13 centavos (2,69%), cotados a US$ 4,70 1/4 por bushel, enquanto os contratos com vencimento em setembro de 2025 tiveram queda de 6,75 centavos (1,52%), sendo cotados a US$ 4,34 3/4 por bushel. O impacto do recuo do petróleo em Nova York e a valorização do dólar frente a outras moedas também ajudaram a configurar o cenário negativo para a commodity.