Demanda aquecida e perspectivas de aberturas de mercado impulsionam otimismo por novos recordes na exportação de gado vivo

Exportações de gado devem alcançar 1,5 milhão de cabeças em 2025, com destaque para o Pará e novos mercados internacionais

- Da Redação, com Notícias Agrícolas
29/04/2025 09h14 - Atualizado há 10 horas
Demanda aquecida e perspectivas de aberturas de mercado impulsionam otimismo por novos recordes na exportação de gado vivo
Foto: Divulgação/PortosRS

O setor de exportação de gado vivo no Brasil está em ascensão, com uma demanda internacional robusta que promete manter o ritmo de crescimento em 2025. De acordo com a União dos Pecuaristas Exportadores de Animais Vivos do Brasil (UPEAV), a expectativa é que o país exporte 1,5 milhão de cabeças de gado ainda este ano, mantendo o otimismo em relação ao futuro do mercado.
 

No primeiro trimestre de 2025, o Brasil já embarcou 236,4 mil cabeças de gado, com março se destacando como o mês de maior volume exportado, totalizando 84,3 mil cabeças. A recuperação do setor, iniciada em 2021 após os desafios impostos pela pandemia e pelos entraves logísticos, continua a mostrar resultados positivos. Em 2024, a exportação de gado vivo gerou uma receita recorde de US$ 830 milhões, e o faturamento deste ano já supera os valores totais de 2020, 2021 e 2022.
 

O Pará lidera as exportações no primeiro trimestre de 2025, respondendo por 66% dos embarques, seguido por Rio Grande do Sul, São Paulo, Acre e Paraná. A estimativa é que o estado continue se destacando, com a certificação como área livre de febre aftosa, permitindo o acesso a novos mercados. A expansão dos destinos internacionais também é uma prioridade, com destaque para a previsão de abertura de novos mercados na Ásia, como Malásia, Vietnã, Indonésia e Paquistão.
 

Adriano Caruso, presidente da UPEAV, prevê que, com a demanda crescente e o fortalecimento das parcerias internacionais, o Brasil possa superar as exportações para os países árabes e explorar novos nichos de mercado, especialmente com a construção de fábricas no Vietnã. Para ampliar ainda mais os embarques, a UPEAV está buscando alternativas logísticas, com a possibilidade de incluir novos portos como o de Ilhéus, na Bahia, e o Porto de Açu, no Rio de Janeiro.

 

 


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