As exportações brasileiras de milho não moído (exceto milho doce) deram um salto expressivo neste início de abril. Segundo dados divulgados na segunda-feira (14) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em apenas nove dias úteis, o país já exportou 120,3 mil toneladas, superando todo o volume registrado em abril de 2024, que foi de 66,1 mil toneladas.
Com isso, a média diária de embarques disparou para 13.372 toneladas, um crescimento de 344,8% em comparação com a média diária de abril do ano passado, que ficou em 3.006 toneladas.
Apesar da forte alta no volume exportado, o preço médio pago pela tonelada do milho caiu 26,1%, passando de US$ 359,90 em abril de 2024 para US$ 265,90 neste ano. Ainda assim, o avanço nos embarques compensou a queda de preço, e o faturamento total do período já é superior ao de abril do ano passado: US$ 31,9 milhões contra US$ 23,8 milhões. A média diária de receita subiu 228,6%, atingindo US$ 3,55 milhões por dia útil.
Segundo Raphael Bulascoschi, analista de inteligência de mercado de milho da consultoria StoneX, o desempenho positivo nas exportações também é influenciado por fatores externos. Ele destaca que a paralisação de tarifas internacionais promovida pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e a ausência de retaliações por parte do México contribuem para manter o milho brasileiro competitivo no mercado global.