A adoção de tecnologias e a gestão eficiente são os principais segredos do sucesso dos pecuaristas que investem no confinamento de gado. É o que aponta a 9ª edição do Benchmarking Confinamento Probeef, estudo conduzido pela Cargill com 233 criadores do Brasil, Paraguai e Bolívia. Juntas, as propriedades analisadas representam um rebanho com mais de 2,3 milhões de cabeças de bovinos confinados.
Segundo a Cargill, esta foi a edição com o maior número de participantes desde a criação do levantamento, em 2016. O estudo se consolida como referência no setor ao traçar um panorama técnico e gerencial do confinamento, prática essencial para a intensificação da produção de carne bovina.
“O Benchmarking Confinamento Probeef tem se tornado uma referência no mercado ao trazer insights valiosos para todos os perfis de pecuaristas. Ele contribui diretamente para uma produção mais eficiente, rentável e sustentável”, afirma André Brichi, gerente nacional de bovinos de corte da Cargill.
Entre as práticas mais adotadas nas propriedades destacam-se: 81,5% utilizam softwares específicos para gestão do confinamento; 50% realizam análise avançada de dados; 49% implantaram sistemas individuais de rastreabilidade; 37% apostam na automação do trato alimentar; e 35% integram os dados ao sistema ERP da fazenda.
Essas ferramentas tecnológicas têm contribuído para uma gestão mais precisa, controle de custos e maior produtividade no confinamento, além de atender às crescentes exigências do mercado consumidor e exportador.
A pesquisa revelou que 89,75% dos animais confinados são machos, com peso médio de entrada de 374 kg e permanência média de 108 dias no cocho. O rendimento médio de carcaça foi de 55,6%, com conversão alimentar de 6,63 kg.
As principais raças utilizadas nos confinamentos são Nelore (64,27%) e Anelorado (14,20%). A maior parte dos confinamentos analisados abriga entre 1 mil e 3 mil cabeças, mas há propriedades com até 40 mil animais.
A região Centro-Oeste lidera em número de animais confinados (mais de 977 mil machos), seguida pelo Sudeste (576 mil). Juntas, essas regiões representam cerca de 30% do mercado nacional de confinamento.
Desde sua criação, o Benchmarking Probeef já avaliou mais de 9,14 milhões de cabeças de gado. A cada edição, o estudo contribui para consolidar boas práticas, promover inovação e impulsionar a profissionalização da pecuária de corte no Brasil e países vizinhos.