China eleva tarifas sobre importações de produtos dos EUA para 125%

Medida do governo chinês foi uma resposta direta à elevação de tarifas por parte dos Estados Unidos

- Da Redação, com Canal Rural
11/04/2025 09h53 - Atualizado há 3 dias
China eleva tarifas sobre importações de produtos dos EUA para 125%
Foto: Reprodução

A tensão comercial entre Estados Unidos e China voltou a se intensificar nesta sexta-feira (11), após Pequim anunciar uma nova rodada de retaliações. A China informou que elevará sua tarifa sobre importações norte-americanas de 84% para 125%, com vigência a partir deste sábado (12).

medida foi interpretada como uma resposta direta à manutenção das tarifas elevadas por parte de Washington. Em comunicado oficial, a comissão de tarifas do Conselho Estatal chinês afirmou que não pretende mais igualar eventuais novos aumentos de tarifas dos EUA, sob a justificativa de que os produtos americanos “já não são mais comercializáveis nos níveis atuais de taxação”.

O texto também critica a escalada tarifária imposta por Washington, classificando-a como insustentável do ponto de vista econômico. “Mesmo que os EUA continuem impondo tarifas mais altas, isso não fará mais sentido econômico e se tornará uma piada na história da economia mundial”, destacou o governo chinês.

Na véspera, a Casa Branca corrigiu uma informação divulgada pelo presidente Donald Trump. Ele havia anunciado que a tarifa dos EUA sobre produtos chineses seria de 125%, mas o gabinete oficial esclareceu que o percentual correto da tarifa cumulativa é de 145%. Trump também havia anunciado uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas aplicadas aos países, exceto à China, principal alvo das medidas protecionistas americanas.

Mercado financeiro reage

A retaliação chinesa teve impacto imediato nos mercados financeiros. As bolsas europeias, que abriram o dia em alta, viraram para o negativo logo após o anúncio. Por volta das 6h35 (horário de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 1,15%, aos 481,68 pontos. Minutos depois, às 6h50, a tendência de queda se espalhava: a Bolsa de Londres caía 0,09%; Paris, 0,86%; Frankfurt, 1,43%; Milão, 1,46%; e Madri, 0,70%.

Antes do novo movimento de Pequim, os investidores ainda se mostravam esperançosos com uma possível trégua comercial, após EUA e União Europeia sinalizarem a suspensão mútua de tarifas para negociar um novo acordo. Agora, a sinalização da China representa um novo revés e aprofunda o clima de incerteza global.


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