O mercado financeiro teve um desempenho misto nesta segunda-feira (31), com destaque para a queda do dólar e a leve desvalorização da bolsa de valores. A moeda norte-americana encerrou o mês de março com uma significativa queda de 3,57%, sendo negociada a R$ 5,70, após um recuo de 0,94% no último dia de negociação do mês.
Este movimento de baixa reflete, em parte, a cautela em relação à implementação do "tarifaço" anunciado pelo governo de Donald Trump. O dólar abriu o pregão em alta, mas passou a cair ao longo do dia, especialmente após a abertura dos mercados norte-americanos, chegando a atingir R$ 5,69 no período da tarde.
A divisa norte-americana acumula uma perda de 7,67% em 2025, um reflexo da redução das apostas contra o real e da formação da taxa Ptax, que corrigirá a dívida pública brasileira em dólares.
Enquanto o câmbio enfrentava volatilidade, a Bolsa de Valores apresentou um desempenho positivo em março, com o índice Ibovespa fechando o mês com alta de 6,08% apesar de um recuo de 1,25% nesta segunda. O desempenho da bolsa - o melhor desde agosto do ano passado - reflete uma recuperação gradual do mercado acionário, com investidores aproveitando para realizar lucros após recentes ganhos.
Internacionalmente, o mercado financeiro está em alerta para o aumento das tarifas de importação nos Estados Unidos, que entrarão em vigor a partir de quarta-feira (2). Apesar disso, investidores avaliam que o Brasil poderá ser menos impactado pelas novas medidas, já que os efeitos podem ser mais negativos para outras economias emergentes.