O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) iniciou o uso de drones para fiscalizar áreas de cultivo em São Paulo, marcando uma nova fase na fiscalização agrícola. A primeira operação ocorreu nesta semana, com o monitoramento de plantações experimentais de cana-de-açúcar geneticamente modificada, ainda não liberadas para uso comercial.
Segundo a pasta, o uso de drones agiliza o trabalho de fiscalização, reduzindo a exposição dos servidores a condições adversas no campo. Além disso, permite maior precisão na comparação dos dados colhidos com as informações fornecidas pelas empresas fiscalizadas.
"Como o Mapa em São Paulo possui um especialista no assunto e os equipamentos disponíveis, seria um erro não incorporar a tecnologia a esse tipo de ação", destacou Patricia Schober, chefe da regional do Mapa.
Os drones permitem registrar imagens detalhadas da área cultivada, calcular o tamanho das plantações e medir a quantidade de plantas presentes no local. Anteriormente, essas tarefas exigiam medições manuais, tornando o processo mais lento e sujeito a erros.
Todos os ensaios com Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) seguem rigorosos protocolos de biossegurança, estabelecidos pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), para evitar riscos ambientais e à saúde humana.
A Superintendência de Agricultura e Pecuária de São Paulo (SFA-SP), responsável pela iniciativa, receberá mais duas aeronaves não tripuladas em breve. Uma delas terá um sensor termal, capaz de detectar variações de temperatura e operar em condições de baixa visibilidade ou à noite.