O mercado físico de boi gordo segue em um lento processo de recuperação nesta quarta-feira (19). De acordo com o consultor da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a principal razão para esse movimento é a redução da oferta de fêmeas no Centro-Norte brasileiro, o que tem encurtado as escalas de abate e impulsionado os preços. Com menos disponibilidade de gado, a demanda externa continua forte, especialmente com a exigência de animais jovens para exportação à China.
Embora o cenário mostre uma recuperação moderada, o consultor aponta que não há espaço para grandes aumentos no curto prazo. No entanto, o quadro já é mais otimista em comparação a fevereiro, quando os preços estavam mais baixos.
Em São Paulo, o preço da arroba subiu para R$ 313,58, na modalidade à prazo, contra R$ 312,67 na véspera. Em Goiás, o preço foi de R$ 299,64, levemente superior aos R$ 299,29 de ontem. Em Minas Gerais, a arroba teve uma elevação considerável, passando de R$ 290,59 para R$ 307,35. Em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, os preços também subiram, mas de forma mais moderada, com o valor da arroba em Mato Grosso do Sul alcançando R$ 300,34 e em Mato Grosso, R$ 299,89.
No mercado atacadista, os preços permaneceram acomodados, com pouca propensão a reajustes durante a segunda quinzena do mês, um período historicamente marcado pela menor demanda por carne bovina. Além disso, a preferência da população por proteínas mais baratas, como carne de frango e ovos, tem sido um fator adicional que limita a pressão sobre os preços da carne.
Os preços do quarto traseiro seguem em R$ 25 o quilo, o quarto dianteiro é cotado a R$ 18,50 o quilo e a ponta de agulha permanecem em R$ 17 o quilo.
