O clima seco nas principais regiões produtoras do Brasil tem trazido incertezas sobre a safra de café de 2025 e já levanta preocupações para 2026. Segundo o analista e consultor em agronegócio Lúcio Dias, a irregularidade das chuvas impactou o desenvolvimento final dos grãos e pode antecipar a florada da próxima safra, prejudicando a produção futura.
Os preços do café oscilaram no mercado internacional na terça-feira (18). Na Bolsa de Nova York, o arábica fechou em queda de 220 pontos para o contrato de março/25, a 387,15 cents/lbp, enquanto os vencimentos mais distantes tiveram ganhos moderados. Já o café robusta registrou leves variações, com quedas de até US$ 5 por tonelada nos contratos de março e maio/25, enquanto setembro/25 teve valorização de US$ 4.
Além do clima adverso, a valorização do real frente ao dólar também influenciou as cotações, tornando menos atrativas as exportações brasileiras e reduzindo a oferta no mercado externo. No mercado interno, as negociações seguem travadas, com produtores e compradores divergindo sobre preços.
Sem previsões de chuvas consistentes no curto prazo, o setor segue atento aos impactos na produtividade e à formação da safra de 2026, que pode ser comprometida caso o estresse hídrico se prolongue.