O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (19) para definir o novo patamar da taxa básica de juros, a Selic. A expectativa é de que a taxa seja elevada em 1 ponto percentual, subindo de 13,25% para 14,25% ao ano, conforme já havia sido anunciado na reunião de janeiro. Este aumento, caso se concretize, representará a quinta elevação consecutiva da Selic.
A decisão do Copom reflete o cenário desafiador em que o Brasil se encontra, com pressões inflacionárias, especialmente no setor de alimentos e energia. A instabilidade das condições econômicas externas e as incertezas relacionadas ao pacote fiscal do governo no final de 2024 também justificam essa decisão.
O Banco Central já alertou, em sua ata anterior, que o cenário de inflação de curto prazo permanece adverso e que a taxa de juros pode continuar em alta por mais tempo, dado o aumento nos preços dos alimentos e a estimativa de inflação para 2025 de 5,66%, acima da meta estabelecida.
O aumento da Selic é uma ferramenta utilizada pelo Banco Central para controlar a inflação, tornando o crédito mais caro e estimulando a poupança. No entanto, taxas de juros mais altas também podem desacelerar o crescimento econômico, ao dificultar o acesso ao crédito e reduzir o consumo.
As decisões do Copom são seguidas de perto, pois elas impactam diretamente os consumidores e as empresas, com reflexos nas taxas de financiamento, no mercado imobiliário e nos preços de bens e serviços.