Os preços da soja no Brasil mantiveram-se firmes nesta quarta-feira (12), apesar de variações regionais e uma leve retração nas cotações. A estabilidade foi sustentada pelas ofertas de compra da indústria, que garantiram bons preços mesmo diante de uma leve pressão externa e de uma baixa nos contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago.
Em algumas regiões do Brasil, como Passo Fundo (RS) e Porto de Rio Grande (RS), os preços apresentaram uma queda moderada, caindo de R$ 128 para R$ 127 e de R$ 135 para R$ 133,50, respectivamente. No entanto, em locais como Cascavel (PR), o preço subiu ligeiramente, de R$ 127 para R$ 128.
Apesar dessa oscilação de preços entre as regiões, a tendência de estabilidade foi predominante, graças à firmeza da indústria, que manteve os preços elevados.
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A pressão do mercado internacional também foi sentida na Bolsa de Chicago, onde os contratos futuros de soja fecharam em baixa. No cenário internacional, os conflitos comerciais, especialmente a intensificação das tensões entre Estados Unidos e outros países, afetaram a dinâmica de preços, com quedas nos contratos futuros da soja e seus subprodutos, como farelo e óleo. Os contratos de soja para maio caíram para US$ 10 1/2 por bushel, uma perda de 1,02%, enquanto o farelo e o óleo também registraram quedas.
Embora o cenário internacional tenha impactado as cotações, o Brasil se beneficia do deslocamento de demanda para o país, com as exportações de soja em grão do Brasil, previstas para alcançar 15,449 milhões de toneladas em março, marcando um crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior.
No mercado cambial, o dólar comercial teve uma leve baixa de 0,03%, encerrando a sessão cotado a R$ 5,8083 para venda. A moeda norte-americana variou entre R$ 5,7858 e R$ 5,8468 ao longo do dia, o que também influencia as transações de soja no Brasil.