A Louis Dreyfus Company (LDC), uma das maiores empresas globais de citricultura, iniciou na terça-feira (11) a construção da maior usina de biogás do mundo a partir de resíduos cítricos. Localizada em Bebedouro, no interior de São Paulo, a planta representa um avanço significativo na busca por soluções sustentáveis na indústria de sucos, com capacidade para tratar 400 m³/h de efluentes e gerar mais de 50.000 Nm³/dia de biogás.
A usina, que ocupará uma área de aproximadamente 195.000 m², utilizará uma tecnologia inovadora desenvolvida pela LDC, capaz de decompor a carga orgânica dos efluentes cítricos e transformá-la em biogás. Esse processo substituirá o uso de combustíveis fósseis e permitirá que 100% da água tratada seja devolvida aos recursos hídricos. A previsão é que a planta entre em operação até o final do primeiro semestre de 2026.
O projeto tem como um de seus principais benefícios a redução de mais de 20% das emissões de CO₂ da operação local. “Esse projeto reforça nosso compromisso com a descarbonização da cadeia produtiva e com o desenvolvimento sustentável das regiões onde atuamos, como Bebedouro, onde estamos há mais de 30 anos”, afirmou o Head Global da Plataforma de Sucos da LDC.
A tecnologia foi validada por meio de um projeto piloto, que testou diferentes inóculos e superou em 15% a meta inicial de eficiência na geração de biogás. “Cada detalhe da planta foi pensado para maximizar o impacto ambiental positivo, garantindo mais eficiência no uso dos recursos naturais”, destacou Juliana Pires, Head Global de Indústria e Qualidade da LDC.
A LDC é uma das três maiores processadoras e comercializadoras de sucos cítricos do mundo e a principal exportadora de sucos de limão tahiti e siciliano no Brasil. A empresa controla toda a cadeia produtiva, desde seus mais de 30 mil hectares de pomares até suas três fábricas, um terminal de última geração no Porto de Santos e uma unidade na Bélgica.
Com a nova usina de biogás, a LDC reforça seu papel como líder em sustentabilidade na indústria de citricultura, alinhando crescimento econômico à preservação ambiental e à inovação tecnológica. O projeto é um exemplo de como a indústria pode transformar resíduos em recursos, contribuindo para a transição energética e a redução da pegada de carbono.