O mercado físico do boi gordo apresentou preços mistos nesta terça-feira (11), mas manteve uma expectativa de alta no curto prazo impulsionado pelo bom escoamento da carne e pelas escalas de abate encurtadas em grande parte do país. Segundo o consultor da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o cenário sugere uma possível valorização, ainda que de forma moderada.
“Com um bom escoamento da carne, há possibilidade de alguma alta dos preços, mesmo que isso ocorra de forma comedida”, destacou Iglesias. Ele também ressaltou que as exportações de carne bovina seguem em ritmo forte, com 2025 caminhando para ser mais um ano recorde. “O Brasil está muito bem posicionado no mercado internacional, o que reforça o potencial de crescimento das exportações”, avaliou.
No mercado à vista, a arroba do boi gordo apresentou variações entre as principais praças pecuárias do país. Em São Paulo, o preço médio ficou em R$ 310,75, ligeiramente abaixo dos R$ 311,33 registrados na segunda-feira (10). Em Goiás, a cotação caiu de R$ 290,36 para R290,36 para R$ 290,18, enquanto em Minas Gerais os preços se mantiveram estáveis em R$ 307,53. No Mato Grosso do Sul, a arroba foi negociada a R$ 307,53 e no Mato Grosso houve leve alta, passando de R$ 294,77 anteriormente.
No atacado, os preços da carne bovina seguem acomodados, mas com expectativa de alta ao longo da semana, impulsionados pela entrada dos salários na economia, que costuma estimular a reposição de estoques entre atacado e varejo. No entanto, Iglesias destacou que a preferência dos consumidores ainda recai sobre proteínas mais acessíveis, como frango, ovos e embutidos.
No atacado, o quarto traseiro foi precificado a R$ 24,50 por quilo, o dia anterior a R$ 24,50 por quilo, o dianteiro a R$ 18 por quilo e a ponta de agulha a R$ 17 por quilo.