Arroba do boi gordo fecha fevereiro com quedas de até 6,7%

Disponibilidade de fêmeas para abate e retração no consumo da carne impulsionaram o cenário

- Da Redação, com Canal Rural
05/03/2025 09h19 - Atualizado há 1 semana
Arroba do boi gordo fecha fevereiro com quedas de até 6,7%
Foto: Divulgação / Embrapa

O mercado físico do boi gordo fechou o mês de fevereiro em queda nas principais regiões produtoras do país. O recuo foi impulsionado pelo aumento da oferta, especialmente devido à maior disponibilidade de fêmeas para abate, além da retração no consumo da carne bovina no varejo.

Segundo Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado, a Região Norte foi a mais impactada por esse movimento, refletindo na dinâmica de preços em outros estados com abates expressivos. Apesar desse cenário desafiador no mercado interno, as exportações de carne bovina em bons níveis ajudaram a evitar quedas ainda mais acentuadas.

Em São Paulo, a arroba apresentou valor de R$ 313,67 na última quinta-feira (27), 3,5% a menos do que o registrado no fim de janeiro de 2025. Em Goiás, a redução foi de 3,64%, com o preço caindo para R$ 294,64, enquanto Minas Gerais teve recuo de 3,3%, com a arroba indo para R$ 304,12.

No Mato Grosso do Sul, os preços caíram para R$ 302,05, também uma baixa de 3,3%. Já em Mato Grosso teve a maior desvalorização do período, atingindo 6,7% com a arroba passando para R$ 300,38.

Mesmo diante das dificuldades enfrentadas pelo setor, o mercado espera uma leve recuperação ao longo da primeira quinzena de março. A expectativa para o início do é de recuperação com a entrada dos salários na economia e a necessidade de reposição de estoques, fator que pode fazer com que o consumo de carne bovina ganhe fôlego.

Além disso, o último feriado prolongado de Carnaval tende a estimular os resultados da demanda, incentivando a comercialização e influenciando na precificação do boi gordo. No entanto, Iglesias ressalta que qualquer recuperação nos preços deve ocorrer de maneira moderada, sem espaço para altas expressivas, já que a população ainda enfrenta restrições orçamentárias e opta por proteínas mais acessíveis.


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