O mercado físico do boi gordo segue com preços acomodados, reflexo da expressiva oferta de fêmeas na região Norte, que permanece com valores mais atrativos em comparação ao boi. Segundo Fernando Henrique Iglesias, analista da Safras & Mercado, frigoríficos que atendem apenas o mercado interno têm priorizado a compra de fêmeas, mas o cenário pode mudar nos próximos dias.
A entrada dos salários na economia tende a estimular a reposição ao longo da cadeia produtiva, e o feriado prolongado pode reduzir o ritmo das negociações, impactando as escalas de abate e elevando a demanda por boiadas quando os negócios forem retomados.
Nesse contexto, os preços da arroba do boi gordo seguem variando conforme a região. Em São Paulo, a média ficou em R$ 313,17, enquanto em Goiás o valor foi de R$ 295,18. Já em Minas Gerais, a arroba foi negociada a R$ 304,71, em Mato Grosso do Sul a R$ 302,39, e em Mato Grosso a R$ 300,88.
No mercado atacadista, os preços também se mantêm estáveis, mas há expectativas de melhora na demanda durante a primeira quinzena do mês, período que tradicionalmente registra maior consumo. No entanto, Iglesias ressalta que, mesmo diante desse cenário mais favorável, não há espaço para grandes valorizações, pois a população segue com menor poder aquisitivo e priorizando proteínas mais acessíveis, como carne de frango, embutidos e ovos.
Os preços das carnes bovinas permanecem sem alterações, com o quarto traseiro cotado a R$ 23,80 por quilo, enquanto a ponta de agulha e o quarto dianteiro seguem a R$ 17, por quilo.
No câmbio, o dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,76%, sendo negociado a R$ 5,7965 para venda e R$ 5,7945 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,7342 e a máxima de R$ 5,8057, refletindo as movimentações do mercado financeiro.