Mais Arrobas com pastagens preparadas para a seca

12/02/2025 11h06 - Atualizado há 1 semana
Mais Arrobas com pastagens preparadas para a seca
Foto: reprodução

Os períodos de calor excessivo e chuvas irregulares têm impactado significativamente a pecuária, resultando em degradação das pastagens, menor desempenho dos animais, descartes inoportunos e até mesmo morte de animais. Diante desses desafios, estratégias como o orçamento forrageiro, suplementação volumosa e concentrada, além da retirada temporária de animais através da venda ou engorda em boitéis têm sido adotadas para mitigar esses problemas. No entanto, uma abordagem mais sustentável envolve melhorar as pastagens tornando-as mais resilientes com sistemas radiculares robustos e plantas adaptadas à seca.

Uma técnica eficaz é a vedação das pastagens antes do término do período chuvoso. Isso permite acumular forragem que será consumida durante a seca pelos animais de maior demanda nutricional. A escolha da área deve considerar fatores regionais para evitar crescimento excessivo e acúmulo inadequado. Esse manejo também possibilita que a forragem diferida mantenha qualidade nutricional superior em relação às pastagens que sofreram pastejo contínuo, garantindo melhor aproveitamento pelos bovinos.

Reduzir o período de pastejo em cada piquete, período de ocupação menor, ajuda a manter a qualidade do capim ao retardar a emissão dos pendões de semente na transição entre as estações. Isso prolonga a disponibilidade de folhas verdes durante o período seco, garantindo melhor digestibilidade e teor proteico da forragem. A vedação programada, um piquete a cada 15 dias, também melhora a qualidade da forragem disponível na seca.

A adubação adequada das pastagens é crucial para garantir um perfil fértil do solo mesmo em condições adversas como estiagem e incêndios. Práticas como calagem e gessagem são essenciais para manter o equilíbrio nutricional necessário ao crescimento saudável das plantas. A gessagem, em particular, melhora a profundidade do sistema radicular, permitindo que as plantas acessem água em camadas mais profundas do solo e resistam melhor a períodos de estiagem prolongada.

A escolha adequada das forrageiras adaptadas pode favorecer a oferta de forragem na seca. O Andropogon (Tabela 1) e as brachiárias brizanthas são exemplos de forrageiras indicadas para esse cenário. O Andropogon possui um sistema radicular denso e profundo, tornando essa planta mais tolerante a estresse hídrico, enquanto as brizanthas perdem seu valor nutritivo mais lentamente, favorecendo seu uso como pastejo diferido para o período seco.

Tabela 1 - Características técnicas do Andropogon BRS Sarandi.

Os períodos de calor excessivo e chuvas irregulares têm impactado significativamente a pecuária, resultando em degradação das pastagens, menor desempenho dos animais, descartes inoportunos e até mesmo morte de animais. Diante desses desafios, estratégias como o orçamento forrageiro, suplementação volumosa e concentrada, além da retirada temporária de animais através da venda ou engorda em boitéis têm sido adotadas para mitigar esses problemas. No entanto, uma abordagem mais sustentável envolve melhorar as pastagens tornando-as mais resilientes com sistemas radiculares robustos e plantas adaptadas à seca.

Uma técnica eficaz é a vedação das pastagens antes do término do período chuvoso. Isso permite acumular forragem que será consumida durante a seca pelos animais de maior demanda nutricional. A escolha da área deve considerar fatores regionais para evitar crescimento excessivo e acúmulo inadequado. Esse manejo também possibilita que a forragem diferida mantenha qualidade nutricional superior em relação às pastagens que sofreram pastejo contínuo, garantindo melhor aproveitamento pelos bovinos.

Reduzir o período de pastejo em cada piquete, período de ocupação menor, ajuda a manter a qualidade do capim ao retardar a emissão dos pendões de semente na transição entre as estações. Isso prolonga a disponibilidade de folhas verdes durante o período seco, garantindo melhor digestibilidade e teor proteico da forragem. A vedação programada, um piquete a cada 15 dias, também melhora a qualidade da forragem disponível na seca.

A adubação adequada das pastagens é crucial para garantir um perfil fértil do solo mesmo em condições adversas como estiagem e incêndios. Práticas como calagem e gessagem são essenciais para manter o equilíbrio nutricional necessário ao crescimento saudável das plantas. A gessagem, em particular, melhora a profundidade do sistema radicular, permitindo que as plantas acessem água em camadas mais profundas do solo e resistam melhor a períodos de estiagem prolongada.

A escolha adequada das forrageiras adaptadas pode favorecer a oferta de forragem na seca. O Andropogon (Tabela 1) e as brachiárias brizanthas são exemplos de forrageiras indicadas para esse cenário. O Andropogon possui um sistema radicular denso e profundo, tornando essa planta mais tolerante a estresse hídrico, enquanto as brizanthas perdem seu valor nutritivo mais lentamente, favorecendo seu uso como pastejo diferido para o período seco.

Tabela 1 - Características técnicas do Andropogon BRS Sarandi.

Durante os meses secos, quando as pastagens apresentam baixa qualidade nutricional, torna-se imprescindível implementar programas efetivos de suplementação alimentar dos rebanhos. Isso pode incluir tanto suplementos volumosos quanto concentrados conforme as necessidades específicas dos animais. A suplementação volumosa, como silagem de milho, cana-de-açúcar ou fenos de boa qualidade, auxilia na manutenção do escore corporal do gado, enquanto os concentrados fornecem energia e proteína adicional, equilibrando a nutrição dos animais.

Melhorar as pastagens preparando-as adequadamente para enfrentarem os desafios impostos pela seca é uma estratégia vital no setor pecuário atualmente afetado por condições climáticas adversas. Combinando técnicas sustentáveis, como vedação prévia das áreas pastoris com práticas agronômicas adequadas, incluindo manejo rotacionado, calagem, gessagem e adubação, podemos aumentar significativamente tanto a resiliência quanto o rendimento dessas áreas pastoris críticas à produção animal eficiente no Brasil, principalmente em anos mais secos.


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