Os preços do café encerraram a terça-feira (28) em alta nas bolsas internacionais, impulsionados pela estimativa de redução na safra brasileira de 2025 divulgada pela Conab. O levantamento projeta uma produção total de 51,8 milhões de sacas, 4,4% menor que a safra anterior. O destaque é o arábica, com queda de 12,4%, estimado em 34,7 milhões de sacas. Em contrapartida, o conilon deve crescer 17,2%, alcançando 17,1 milhões de sacas, com bons resultados principalmente no Espírito Santo.
Na Bolsa de Nova York, o contrato de março/25 do arábica registrou alta de 830 pontos, fechando a 357,50 cents/lbp, enquanto o robusta, na Bolsa de Londres, subiu US$ 100, encerrando o dia a US$ 5.560 por tonelada no mesmo contrato. O fortalecimento do real frente ao dólar, atingindo a maior alta em dois meses, também influenciou o mercado, desestimulando as vendas de exportação dos produtores brasileiros.
No mercado doméstico, os preços acompanharam a tendência internacional. Em Varginha (MG), o arábica tipo 6 registrou alta de 3,31%, negociado a R$ 2.500,00 por saca. Já o cereja descascado subiu 4,51%, atingindo R$ 2.550,00 por saca na mesma praça. Outras regiões como Franca (SP) e Guaxupé (MG) também registraram aumentos, com os produtores adotando uma postura cautelosa diante da volatilidade cambial e das oscilações externas.