Governo avalia reduzir tarifa de importação para baratear alimentos
Foco está no estímulo à produção agrícola local e na redução de custos para os trabalhadores, afirma Rui Costa
- Da Redação, com Agência Brasil
24/01/2025 16h38 - Atualizado há 5 dias
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
O governo federal estuda a redução da tarifa de importação para determinados alimentos como medida para conter os altos preços no mercado brasileiro. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta sexta-feira (24) que a proposta tem como objetivo alinhar os preços internos aos valores praticados internacionalmente, buscando aliviar o impacto no bolso dos consumidores.
“O preço se forma no mercado, que é competitivo. Se tornarmos a importação mais barata, haverá estímulo para que os produtos entrem no país a preços menores, reduzindo o custo interno ao menos até alcançar o patamar internacional”, explicou Rui Costa após reunião no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A redução de tarifas deve ser aplicada pontualmente, como já ocorreu no ano passado com o arroz, quando a importação foi liberada sem taxas devido às enchentes no Rio Grande do Sul, estado que concentra 70% da produção nacional.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou que a produção de alimentos no país já apresenta perspectivas otimistas, com expectativa de safra recorde de grãos para este ano. “Para este ano, a produção de arroz deve ser 12% a 13% maior. Os preços já cederam em relação ao passado, mas continuamos focados em garantir alimentos mais acessíveis para a população”, afirmou Fávaro.
Além de fomentar a produção agrícola, o governo também avalia mudanças no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). A proposta é reduzir ou eliminar taxas cobradas no uso de cartões de vale-refeição e alimentação, beneficiando 22 milhões de trabalhadores. “Se o trabalhador não perder 10% do valor de alimentação para taxas, isso melhora seu poder aquisitivo e contribui para reduzir o impacto dos preços nos supermercados”, disse Rui Costa.
O presidente Lula reiterou que a redução dos preços dos alimentos é a prioridade do governo em 2025, reforçando que a atuação será por meio de estímulos à produção e políticas públicas já existentes, sem adotar medidas como congelamento de preços ou subsídios diretos.
