Mercado de soja em dia de lentidão e pressão por custos

Queda do dólar e alta no frete impactam preços em regiões brasileiras

- Da Redação, com Canal Rural
29/01/2025 10h42 - Atualizado há 1 dia
Mercado de soja em dia de lentidão e pressão por custos
Foto: reprodução

O mercado brasileiro de soja enfrentou um dia de lentidão nesta terça-feira (28), marcado por pressões causadas pela valorização do dólar e pelo aumento dos custos de frete. Apesar de oportunidades pontuais com pagamento até 31 de janeiro, os preços para entregas a partir de fevereiro continuam em queda. No geral, as cotações apresentaram comportamento misto no país.

 

Segundo o presidente da Emater/RS, em entrevista à Safras TV, os impactos da estiagem ainda não são significativos no Rio Grande do Sul como um todo, mas requerem atenção, especialmente nas regiões mais castigadas. Ele destacou que áreas com bons resultados contrastam com cenários críticos em outros pontos.

 

As principais praças de comercialização registraram quedas nos preços da soja. Em Passo Fundo (RS), o valor caiu de R$ 135 para R$ 133. Na Região das Missões (RS), houve redução de R$ 136 para R$ 134, enquanto o Porto de Rio Grande (RS) registrou queda de R$ 140 para R$ 138. No Paraná, Cascavel viu os preços recuarem de R$ 125 para R$ 122, e o Porto de Paranaguá passou de R$ 132,50 para R$ 131. No Centro-Oeste, Rondonópolis (MT) teve redução de R$ 115,50 para R$ 113, e Rio Verde (GO) registrou queda de R$ 118 para R$ 117.

 

No mercado internacional, os contratos futuros de soja na Bolsa de Chicago fecharam o dia entre estáveis e levemente mais altos, em um cenário de volatilidade. Enquanto o mercado monitora as ações do governo Trump sobre tarifas comerciais, projeções indicam chuvas na Argentina que podem evitar perdas severas de produtividade. Já no Brasil, a safra ainda é estimada em 170 milhões de toneladas, confirmando a expectativa de ampla produção.

 

O dólar comercial encerrou o dia em queda de 0,74%, cotado a R$ 5,8681 para venda, aliviando parte da pressão sobre os custos de importação, mas mantendo os fretes como um fator relevante na formação dos preços internos.

 

 


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