Preços do boi gordo permanecem estáveis com indicativos de alta para janeiro

Liquidez deve aumentar com escalas encurtadas e frigoríficos menores mais ativos no mercado físico

- Da Redação, com Canal Rural
31/12/2024 09h12 - Atualizado há 1 mês
Preços do boi gordo permanecem estáveis com indicativos de alta para janeiro
Foto: Arquivo pessoal
O mercado físico do boi gordo apresentou preços estáveis nesta segunda-feira (30), com movimentação reduzida devido às festividades de final de ano. Embora o ritmo tenha sido lento, a expectativa é que o início de janeiro traga maior liquidez ao setor. Frigoríficos de menor porte, que enfrentam escalas de abate encurtadas devem intensificar suas compras, o que pode impulsionar os preços no curto prazo.

Os preços médios da arroba no mercado físico variaram conforme a região. Em São Paulo, o boi comum foi cotado a R$ 310, enquanto o preço destinado ao mercado chinês ficou entre R$ 315 e R$ 320. Em Minas Gerais, a arroba oscilou entre R$ 300 e R$ 310, enquanto em Goiás ficou entre R$ 295 e R$ 305. No Mato Grosso do Sul, os preços chegaram a R$ 315. Já em Mato Grosso, os valores variaram: em Barra do Garças, entre R$ 310 e R$ 315; em Mirassol d’Oeste, R$ 300.

No mercado atacadista, os preços também se mantiveram firmes. No entanto, o perfil de consumo deve mudar após as festividades de Ano Novo. Os cortes mais nobres, como o quarto traseiro, cotado a R$ 26,70/kg, podem enfrentar dificuldades de sustentação devido à maior competitividade de proteínas substitutas, como o frango. O quarto dianteiro foi precificado em R$ 20,20/kg, enquanto a ponta de agulha fechou o dia a R$ 19,40/kg.

De acordo com Allan Maia, analista da Safras & Mercado, os grandes frigoríficos têm mantido escalas de abate confortáveis em regiões como São Paulo. No entanto, empresas menores enfrentam maior dificuldade para adquirir bons lotes, o que as leva a uma postura mais ativa no mercado. “Essa movimentação tende a sustentar ou até elevar os preços em algumas regiões nas próximas semanas”, explicou Maia.

Apesar desse cenário, o analista alerta que o consumo de carne bovina geralmente recua após a virada do ano, uma vez que os consumidores evitam grandes gastos financeiros. “Cortes mais nobres, em especial, devem enfrentar maior resistência no mercado. Ainda assim, o foco estará nas escalas de abate, na evolução dos preços no atacado e no fluxo de exportação, que desempenham papel fundamental nesse período”, acrescentou.

O dólar comercial encerrou o dia em leve queda de 0,17%, sendo negociado a R$ 6,1797 para venda e R$ 6,1777 para compra. No acumulado do ano, a moeda norte-americana registrou alta expressiva de 27,36%, refletindo os desafios econômicos enfrentados pelo Brasil e pelo mercado global.

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