Foto: reprodução O Plano Nacional de Rastreabilidade Individual de Bovinos e Bubalinos foi anunciado nesta terça-feira (17) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com a participação ativa da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) no desenvolvimento. A iniciativa representa um avanço para a pecuária brasileira, ao aprimorar o controle sanitário, modernizar a cadeia produtiva e potencializar a abertura de novos mercados internacionais.
Atualmente, a rastreabilidade no Brasil é feita por lotes, por meio da Guia de Trânsito Animal (GTA). Com o Plano, a identificação será individual, utilizando tecnologias como brincos e bottons eletrônicos. O presidente executivo da Abiec, Roberto Perosa, destacou os benefícios do sistema: “A rastreabilidade individual obrigatória representa um passo decisivo para a defesa agropecuária brasileira, permitindo respostas rápidas a emergências sanitárias e fortalecendo a confiança dos mercados internacionais”.
Além de melhorar a segurança alimentar, a medida trará vantagens diretas aos produtores, como melhor gestão do rebanho e das propriedades. Segundo Perosa, a implementação será gradual, com etapas progressivas para garantir tempo de adaptação ao setor. O diretor de Sustentabilidade da Abiec, Fernando Sampaio, destacou que a proposta foi construída com consenso entre as partes envolvidas, mas alertou para a necessidade de apoio aos pequenos produtores.
O cronograma prevê a integração dos sistemas estaduais e a identificação progressiva dos rebanhos. Estados como Santa Catarina, Pará e São Paulo já avançaram em suas próprias iniciativas, antecipando-se à implantação nacional. Para a Abiec, o Plano reforça a posição do Brasil como líder mundial na exportação de carne bovina, atualmente presente em mais de 150 países.
