Pela primeira vez, abate de bovinos ultrapassa 10 milhões de cabeças em um trimestre

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Pela primeira vez, o Brasil registrou o abate de mais de 10 milhões de cabeças de bovinos em um trimestre. De acordo com dados divulgados hoje pelo IBGE, o 3º trimestre de 2024 alcançou a marca histórica de 10,37 milhões de cabeças abatidas, representando um aumento de 15,3% em relação ao mesmo período de 2023 e de 3,9% em comparação ao trimestre anterior. A gerente da pesquisa, Angela Lordão, destacou que a boa oferta de animais, resultado da retenção de fêmeas entre 2019 e 2021, e os baixos preços do bezerro impulsionaram o crescimento.

O abate de fêmeas cresceu 19,6% no comparativo anual, enquanto o de machos aumentou 12,5%. Paralelamente, as exportações de carne bovina também bateram recordes, com 706,43 mil toneladas exportadas, um salto de 30,6% em relação a 2023. “Há uma forte demanda interna e externa pela carne bovina, com aumento do consumo per capita e recordes de exportações nos meses de julho, agosto e setembro”, afirmou Lordão.

Recordes também no abate de suínos e frangos

O setor avícola também alcançou números históricos, com o abate de 1,62 bilhão de cabeças de frangos, 2,8% superior ao 3º trimestre de 2023. Já o abate de suínos chegou a 14,95 milhões de cabeças, crescimento de 2,1% no mesmo período. As exportações desses produtos também registraram avanços significativos, refletindo a expansão do mercado brasileiro no cenário internacional.

Outros setores da pecuária em alta

Na produção de ovos, o trimestre foi marcado por um recorde histórico: 1,2 bilhão de dúzias, 10,3% a mais que no ano anterior. A oferta ampliada resultou em queda de preços, tornando os ovos uma opção mais acessível para a população. A aquisição de leite também registrou alta de 7,1% em relação ao trimestre anterior, embora tenha recuado 0,3% frente ao mesmo período de 2023 devido às condições climáticas adversas.

Por fim, o setor de couro acompanhou o crescimento do abate de bovinos, com 10,55 milhões de peças adquiridas, aumento de 17,4% no comparativo anual. “Esse incremento é uma consequência direta do maior número de cabeças abatidas”, explicou Lordão.