O mercado físico do boi gordo registrou quedas generalizadas nas cotações nesta terça-feira (3), com os preços pressionados pelas indústrias frigoríficas. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o aumento na oferta de animais confinados e a dificuldade em repassar preços ao mercado doméstico têm sido fatores determinantes para o cenário atual.
“Alguns negócios foram reportados, mas as quedas seguem influenciadas pela oferta elevada e pelos desafios no consumo interno. Além disso, os futuros do boi gordo na B3 mantêm o movimento de baixa”, avaliou o analista Allan Maia.
Em São Paulo, os negócios oscilaram entre R$ 340 e R$ 355 por arroba. Em Goiás, os preços recuaram para R$ 320 a R$ 325 a prazo, enquanto em Mato Grosso do Sul houve tentativas de compra por valores ainda mais baixos. Em Minas Gerais, as indústrias permaneceram ausentes, e em Mato Grosso, os preços recuaram nas principais praças, mas poucos negócios foram efetivados.
No mercado atacadista, os preços se mantêm estáveis, mas com menor perspectiva de alta devido à competição com outras proteínas, como o frango. Os cortes de quarto dianteiro seguem precificados a R$ 20,50 por quilo, o traseiro a R$ 26,50 e a ponta de agulha a R$ 19,50.
O dólar comercial também encerrou em queda, cotado a R$ 6,0608 para venda, reduzindo ainda mais o potencial de crescimento no mercado exportador de carne bovina.