O sorgo-biomassa tem ganhado destaque global como uma opção sustentável para a geração de energia renovável. No Brasil, a Embrapa lidera pesquisas desde 2014 para viabilizar o uso da planta em larga escala, enfrentando desafios como alta umidade e baixa densidade da biomassa, que dificultam transporte e automação industrial.
Soluções como a compactação em briquetes ou pellets e o uso de cultivares como o híbrido BRS 716 têm demonstrado avanços promissores. Estudos da Embrapa indicam que o sorgo-biomassa densificado pode substituir até 66% da madeira em processos industriais, mantendo poder calorífico equivalente e teores de cinza abaixo de 3%.
Dados do estudo mostram que a gramínea oferece vantagens como rápido crescimento, adaptabilidade a diferentes climas e potencial para cultivo mecanizado. A parceria com empresas como a Calmais, que já utiliza briquetes de sorgo em sua produção, evidencia a viabilidade industrial.
Enquanto o sorgo-biomassa se consolida como alternativa à madeira, a Embrapa busca novas parcerias para expandir o uso da cultura e reforça a importância de investimentos em pesquisa e desenvolvimento para superar desafios e fortalecer a segurança energética do Brasil.