O mercado físico do boi gordo iniciou a semana com negociações travadas, reflexo de uma disputa entre pecuaristas e frigoríficos. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, muitas indústrias seguem ausentes das compras, enquanto as que permanecem ativas tentam pressionar os preços para baixo.
“Estamos vendo uma verdadeira queda de braço. As indústrias que permanecem no mercado estão buscando impor valores mais baixos, acompanhando o movimento do mercado futuro”, analisou Fernando Henrique Iglesias. O especialista destacou que, nesta terça-feira (3), os frigoríficos devem iniciar o dia testando preços menores, dependendo da reação dos pecuaristas para definir os próximos passos.
As cotações médias da arroba do boi registraram os seguintes valores - São Paulo, R$ 353,75; Goiás, R$ 352,14; Minas Gerais, R$ 333,82; Mato Grosso do Sul, R$ 341,70; e Mato Grosso, R$ 331,01.
Enquanto isso, o dólar comercial fechou em alta de 1,07%, cotado a R$ 6,0663 para venda, após oscilar entre R$ 5,9954 e R$ 6,0904 ao longo da sessão. O cenário cambial também impacta as expectativas do setor, que acompanha de perto os desdobramentos do mercado financeiro.