22/11/2024 às 08h21min - Atualizada em 22/11/2024 às 08h21min

USDA reduz estimativa para a safra de café do Brasil em 2024/25

Clima irregular impacta produção, mas exportações do Brasil continuam em alta

- Da Redação, com CarneTec
Foto: reprodução

O adido agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para baixo a sua previsão de produção de café no Brasil para a safra 2024/25. A estimativa foi reduzida de 69,9 milhões para 66,4 milhões de sacas de 60 quilos, representando uma queda de 5,8%. A principal razão para essa revisão são os padrões climáticos irregulares que afetaram negativamente o desenvolvimento das plantas, especialmente o café arábica. Mesmo com essa redução, a produção brasileira ainda será ligeiramente superior à safra do ano anterior, que foi de 66,3 milhões de sacas.

 

De acordo com o USDA, a produção de café arábica deve atingir 45,4 milhões de sacas, representando um crescimento de 1,1% em relação à safra 2023/24, que foi de 44,9 milhões de sacas. No entanto, a produção de café Robusta, ou conilon, deverá sofrer uma queda de quase 2%, com previsão de 21 milhões de sacas, contra 21,4 milhões na temporada passada. A escassez de chuvas e as altas temperaturas, agravadas pelos efeitos do El Niño no segundo semestre de 2023, comprometeram o desenvolvimento das flores e frutos, especialmente no início do ciclo produtivo.

 

Em contrapartida, as exportações brasileiras de café continuam em crescimento, alcançando novos recordes. Para a safra 2024/25, a previsão de exportação foi ajustada para 44,25 milhões de sacas, uma queda de 5,3% em relação ao ano anterior. Esse declínio é atribuído à recuperação das safras de outros países produtores, como Vietnã e Indonésia, que aumentam sua participação no mercado internacional.

Mesmo assim, as exportações do Brasil atingiram 46,7 milhões de sacas em 2023/24, um aumento significativo devido à escassez de café em outros grandes produtores. Setembro de 2024 foi um mês recorde, com 4,5 milhões de sacas exportadas, 33% a mais do que no mesmo mês do ano anterior. Os Estados Unidos continuam sendo o maior comprador do café brasileiro, seguidos por países como Alemanha, Bélgica, Itália e Japão.

 

 


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