Após uma semana de estabilidade, o mercado de suínos encerrou na segunda-feira (28) com alta nas cotações. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), embora o preço do suíno tenha aumentado levemente, o poder de compra dos produtores paulistas reduziu em outubro, pressionado pela valorização do milho no mercado doméstico.
Na parcial do mês, o preço do suíno vivo na região SP-5 foi negociado a uma média de R$ 8,97/kg, um aumento de apenas 0,3% em relação a setembro, refletindo um equilíbrio entre oferta e demanda. Por outro lado, a alta do milho se deve à retração dos vendedores e à necessidade de reposição de estoques por parte dos compradores, apesar do avanço da semeadura da safra de verão e das previsões de chuva nas principais regiões produtoras.
A Scot Consultoria registrou valorização de 1,16% no preço da arroba do suíno CIF em São Paulo, que alcançou R$ 175. Já a carcaça especial aumentou 1,11%, com média de R$ 13,65 o quilo. No cenário nacional, os valores oscilaram: o preço do suíno vivo se manteve estável no Rio Grande do Sul (R$ 8,46 o quilo), enquanto Minas Gerais e São Paulo tiveram altas de 0,56% e 1,87%, respectivamente, refletindo a crescente demanda.
As oscilações sugerem que, apesar do equilíbrio entre oferta e demanda, a pressão dos custos, especialmente do milho, poderá afetar a margem dos suinocultores nos próximos meses, caso o cenário de alta se mantenha.