16/10/2024 às 10h23min - Atualizada em 16/10/2024 às 10h23min

​Dólar alcança R$ 5,65 com queda do petróleo e tensões eleitorais nos EUA

Bolsa de Valores resiste a pressões internacionais e fecha estável, mesmo com a volatilidade no mercado

- Da Redação, com Agência Brasil
Foto: Reprodução
Em um dia marcado por intensas pressões internacionais, o dólar comercial registrou alta e encerrou a terça-feira (15) vendido a R$ 5,657, uma valorização de R$ 0,074 (+1,33%). Este é o maior valor da moeda norte-americana em mais de dois meses, superando a cotação de R$ 5,74 registrada em 4 de agosto. Desde o início de outubro, a divisa acumula uma alta de 3,85%, e de 16,57% em 2024.
 
O dia começou com o dólar estável, mas disparou após a abertura dos mercados nos Estados Unidos, atingindo uma máxima de R$ 5,66 por volta das 14h. Esse movimento foi influenciado por dois fatores principais: a queda no preço internacional do petróleo e as tensões relacionadas às eleições nos EUA.
 
O preço do barril do tipo Brent caiu 1,7%, sendo comercializado a US$ 74,52, após o governo de Israel sinalizar que não pretende atacar a infraestrutura petrolífera do Irã. Embora essa queda beneficie os consumidores, ela pressiona grandes produtores, como o Brasil. Além disso, a cotação do minério de ferro, outro importante produto de exportação brasileira, também caiu devido à desaceleração econômica na China, principal mercado para o minério.
 
No mercado de ações, o índice Ibovespa da B3 demonstrou resiliência e fechou em leve alta de 0,03%, aos 131.043 pontos, apesar da volatilidade. As ações de empresas voltadas ao consumo interno e bancos compensaram a queda nas ações de petroleiras e mineradoras, que foram impactadas pela baixa nas commodities.
 
Adicionalmente, as tensões eleitorais nos EUA contribuíram para a instabilidade nos mercados emergentes. O ex-presidente Donald Trump, em uma recente entrevista, defendeu um aumento substancial nas tarifas para produtos estrangeiros caso seja eleito, o que poderia agravar o protecionismo norte-americano e prejudicar as exportações brasileiras, afetando o comércio global.

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