O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder chinês Xi Jinping firmaram na quarta-feira (20) um total de 37 acordos bilaterais, fortalecendo a relação entre Brasil e China, que completa 50 anos. O encontro aconteceu no Palácio da Alvorada, com honras militares e um almoço reservado após reuniões entre os chefes de Estado e seus ministros.
Os acordos abrangem setores como agricultura, comércio, energia, infraestrutura e ciência, ampliando a já consolidada parceria econômica entre os dois países. A China, maior parceira comercial do Brasil desde 2009, foi responsável por um comércio bilateral recorde de US$ 157 bilhões em 2023, com superávit significativo para os brasileiros. "Apesar da distância geográfica, nossas nações têm visões próximas e interesses compartilhados", disse Lula, destacando investimentos chineses em infraestrutura e o papel do Brasil como fornecedor de alimentos à China.
Xi Jinping reafirmou o bom momento da relação entre os dois países e anunciou o novo patamar da parceria, agora classificada como "Comunidade de Futuro Compartilhado por um Mundo mais Justo e Sustentável". Em sua declaração, o líder chinês destacou a importância do alinhamento em fóruns multilaterais como G20, Brics e ONU, além de defender maior protagonismo do Sul Global na governança global.
No campo internacional, os presidentes abordaram crises globais, como a guerra na Ucrânia e o conflito na Faixa de Gaza, defendendo soluções políticas e o cessar-fogo imediato. A agenda de Xi no Brasil termina com um jantar no Palácio Itamaraty, mas as expectativas de cooperação prometem se estender por décadas.