07/11/2024 às 11h29min - Atualizada em 07/11/2024 às 11h29min
Dólar fecha em queda após vitória de Trump e sinalizações fiscais no Brasil
Cotação recua para R$ 5,677 com expectativa de medidas de contenção de gastos
- Da Redação, com Notícias Agrícolas
Foto: Pexels Após abrir em alta e alcançar R$ 5,86, o dólar à vista recuou no Brasil nesta quarta-feira (6), fechando em queda de 1,21%, a R$ 5,6774. A pressão inicial sobre a moeda norte-americana refletiu a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA e a possibilidade de políticas protecionistas e inflacionárias. Entretanto, declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre futuras medidas de contenção de gastos pelo governo Lula ajudaram a aliviar a cotação ao longo do dia.
No início da sessão, a percepção de um cenário inflacionário com políticas de Trump, como alta de tarifas de importação e bloqueios migratórios, levou o dólar a uma máxima de R$ 5,8611. Contudo, o mercado se acalmou após Haddad afirmar que a equipe ministerial já finalizou discussões sobre o ajuste fiscal e que o presidente Lula buscará apoio dos presidentes do Senado e da Câmara para avançar com as medidas.
Além da expectativa de cortes fiscais, ordens de venda de dólar e de “stop loss” também contribuíram para o recuo da moeda. O mercado de câmbio já oscilava em baixa pela tarde, em contraste com o avanço do dólar frente a outras moedas de países emergentes. O dólar atingiu uma mínima de R$ 5,6649 no meio da tarde, com alta volatilidade ao longo do dia.
Com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre os juros aguardada para a noite, o mercado segue atento aos desdobramentos fiscais no Brasil e à postura do Federal Reserve, que anunciará sua nova taxa de juros nesta quinta-feira.