14/10/2024 às 10h32min - Atualizada em 14/10/2024 às 10h32min

Estabilidade marca mercado suíno em setembro, mas preços continuam acima do anterior

Exportações se recuperam, e competitividade da carne suína aumenta em relação à bovina, mas diminui frente à avícola

- Da Redação, com Cepea
Foto: DIvulgação / Governo Federal
As cotações do suíno vivo e da carne se mantiveram estáveis ao longo de setembro, mas as médias mensais fecharam superiores às observadas em agosto.
 
A partir da segunda quinzena de junho, os preços do suíno vivo e da carne iniciaram um movimento de alta que se sustentou até a terceira semana de agosto. Desde então, os preços desses produtos permaneceram praticamente inalterados na maioria das regiões monitoradas pelo Cepea, sustentados por um equilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado doméstico.
 
No que diz respeito às exportações, houve uma recuperação significativa em setembro. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram embarcadas 119 mil toneladas de carne suína, considerando produtos in natura e industrializados, o que representa um aumento de 1,7% em relação a agosto e 7% superior ao volume escoado em setembro de 2023.
 
Em termos financeiros, a receita obtida com as exportações brasileiras de carne suína totalizou R$ 1,56 bilhão, um montante 2,3% maior que em agosto e 29,5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.
 
Entre agosto e setembro, os preços médios do suíno vivo comercializado no mercado independente aumentaram na região de SP-5, que abrange Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba. Os preços do milho e do farelo de soja, principais insumos da suinocultura, também avançaram, mas em menor intensidade em comparação ao aumento do preço do suíno vivo.
 
Essa situação resultou em um aumento no poder de compra dos suinocultores paulistas. O milho apresentou a oitava melhora consecutiva na relação de troca, enquanto o farelo de soja teve a terceira.
 
Ainda, os preços médios das carnes suína, bovina e de frango subiram no atacado da Grande São Paulo. Embora os avanços da carne suína tenham superado os da proteína avícola, ficaram abaixo dos registrados para a carne bovina.
 
Nesse cenário, a competitividade da carne suína aumentou em relação à bovina, mas diminuiu em comparação à de frango. A média da carcaça especial suína negociada no atacado da Grande São Paulo foi de R$ 13,05/kg, uma alta de 5,1% em relação ao mês anterior, impulsionada pela menor oferta interna de produtos suínos.

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