11/10/2024 às 11h34min - Atualizada em 11/10/2024 às 11h34min

Arroba do boi gordo deve permanecer com alta de preços no curto prazo

Limitação das escalas de abate e aquecimento da demanda possibilitam a tendência

- Da Redação, com Canal Rural
Foto: Arquivo pessoal
O mercado físico do boi gordo tem se deparado com uma nova onda de preços em alta, motivada pela combinação de escalas de abate limitadas e uma demanda extremamente aquecida, especialmente no cenário internacional. O ambiente de negócios sugere que a tendência de valorização seguirá no curto prazo.
 
“Estamos na pior posição das escalas de abate na atual temporada, o que é preocupante. Somado a isso, a demanda internacional está aquecida, colocando o Brasil em uma posição de destaque global no fornecimento de carne bovina”, afirma Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado.

Os preços da arroba do boi gordo variam significativamente entre os estados, com São Paulo registrando R$ 295,33, Goiás a R$ 279,46, Minas Gerais a R$ 289,71 e Mato Grosso do Sul a R$ 288,52. No Mato Grosso, o valor é o mais baixo, a R$ 252,57.

No mercado atacadista, a carne bovina também apresenta forte alta de preços. O quarto traseiro foi cotado a R$ 22,00 por quilo, com um aumento de R$ 0,50; o quarto dianteiro subiu para R$ 18,00, alta de R$ 1,50 e a ponta de agulha foi precificada a R$ 17,00, também com aumento de R$ 1,50.

Iglesias ressalta que, além da demanda aquecida, as indústrias estão enfrentando um aperto em seus estoques devido à oferta restrita de animais para o abate. “Embora os preços estejam subindo, a carne bovina pode perder competitividade no curto prazo, especialmente em comparação a proteínas de menor valor agregado, como ovo, embutidos e carne de frango”, aponta o analista.

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