A Comissão Europeia propôs um adiamento de 12 meses para a entrada em vigor da nova legislação que proíbe o comércio de produtos originários de áreas desmatadas, atendendo a pedidos de exportadores globais de commodities agrícolas.
A medida, que impacta diretamente a indústria de carne bovina brasileira, visa dar mais tempo para que as empresas se adaptem às novas regras, que exigem a rastreabilidade total da cadeia produtiva por meio de geolocalização.
Se aprovada pelo Parlamento e Conselho da União Europeia, a nova regulamentação será aplicada a partir de dezembro de 2025 para grandes empresas e junho de 2026 para pequenas. De acordo com Fernando Sampaio, diretor de Sustentabilidade da Abiec, o adiamento é uma vitória para a indústria brasileira, que ainda busca mais clareza sobre a legislação, a qual considera custosa e burocrática.
A lei antidesmatamento também afeta outros setores, como café, soja e madeira. O Ministério do Desenvolvimento estima que 15% das exportações totais brasileiras e 34% das vendas para a UE serão impactadas.