Foto: reprodução As preocupações com as condições climáticas adversas no Brasil levaram a uma alta significativa nos preços do açúcar na quarta-feira (18). As queimadas e a seca que afetam o Centro-Sul do Brasil resultaram em aumentos superiores a 5% nos preços futuros do açúcar na Bolsa de Nova York e acima de 3% na Bolsa de Londres.
Na Bolsa de Nova York, o contrato de açúcar para outubro/24 fechou com um avanço de 1,18 cents, ou 5,91%, cotado a 21,16 cents/lbp. O contrato para março/25 também subiu 1,18 cents (5,79%), atingindo 21,55 cents/lbp. Outros contratos também registraram altas, com o maio/25 subindo 0,80 cents (4,11%), e o julho/25 aumentando 0,65 cents (3,44%).
Em Londres, o açúcar branco para dezembro/24 foi negociado a US$ 555,50 por tonelada, um aumento de US$ 19,80 (3,70%). O contrato para março/25 fechou em US$ 557,90, com uma alta de US$ 23,50 (4,40%), enquanto o maio/25 subiu US$ 21,20 (3,99%), atingindo US$ 552,50 por tonelada. O contrato para agosto/25 aumentou US$ 15,00 (2,87%), passando a valer US$ 538,40 por tonelada.
Segundo o Barchart, a alta nos preços é impulsionada pelas condições de seca que ameaçam as safras de cana-de-açúcar no Brasil. O meteorologista da Climatempo informou que, apesar da proximidade da primavera, o clima quente e seco deve persistir, especialmente em São Paulo, principal estado produtor de cana-de-açúcar do país.
Mauricio Muruci, analista da Safras & Mercado, destacou que as queimadas e a seca são fatores cruciais para o aumento dos preços e acredita que a atual situação é suficiente para manter as cotações elevadas.
No mercado físico brasileiro, o indicador Cepea Esalq mostra que o açúcar cristal branco em São Paulo está cotado a R$ 141,68/saca, com uma redução de 0,51%. O açúcar cristal Santos (FOB) aumentou para R$ 144,95/saca, alta de 2,90%. O açúcar refinado amorfo subiu 0,29%, alcançando R$ 3,4771/kg, enquanto o VHP está cotado a R$ 116,49/saca. Em outras regiões, como Alagoas, Paraíba e Pernambuco, os preços variam entre R$ 160,45/saca e R$ 169,98/saca.
