11/09/2024 às 14h25min - Atualizada em 11/09/2024 às 14h25min

​Exportação de carne bovina de fêmeas é proibida a partir de outubro

Restrição atende exigências da União Europeia e Reino Unido; protocolo de certificação será implementado

- Da Redação, com SBA
Foto: reprodução
A partir da primeira semana de outubro deste ano, a exportação de carne bovina proveniente de fêmeas será proibida para a União Europeia e Reino Unido. De acordo com a Circular Nº 24/2024 do Ministério da Agricultura e Pecuária, apenas animais machos serão elegíveis para exportação até a criação de um protocolo que comprove que as fêmeas não foram tratadas com ésteres de estradiol para fins reprodutivos ou zootécnicos.

A medida foi comunicada aos frigoríficos exportadores e às entidades ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) e ABCAR (Associação Brasileira das Empresas de Certificação por Auditoria e Rastreabilidade). O protocolo de certificação, atualmente em desenvolvimento pela ABCAR, deve ser implementado em até 12 meses, podendo esse prazo variar de acordo com o cronograma estipulado.

Aécio Flores, vice-presidente da ABCAR, afirmou que a instituição está trabalhando para criar um sistema de certificação das propriedades que produzem fêmeas livres de estradiol. “Já estamos atuando em conjunto com a ABIEC e a CNA para atender à exigência europeia e retomar as exportações de fêmeas o quanto antes", disse.

Para Ronan Salgueiro, pecuarista de Mato Grosso do Sul, a suspensão foi um choque para os produtores. "A notícia nos pegou de surpresa e trouxe grandes preocupações para os pecuaristas. Agora, estamos focados em encontrar uma solução rápida," concluiu.


 

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