O mercado da soja no Brasil registrou uma segunda-feira (18) com preços voláteis, em grande parte impulsionados pela oscilação nas cotações da soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) e pela recente queda do dólar frente ao real. Embora o movimento de negócios tenha sido mais tranquilo, os preços nas principais praças produtoras seguiram em alta ou estáveis.
Nos estados do Rio Grande do Sul, os preços da soja ficaram em torno de R$ 134 por saca em Passo Fundo e R$ 133 em Missões. No Paraná, os preços também se mantiveram estáveis, com a soja sendo negociada a R$ 137 em Cascavel e R$ 143 nos portos de Paranaguá e Rio Grande. Já em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o mercado teve preços um pouco mais elevados, com a soja sendo comercializada a R$ 153 em Rondonópolis e entre R$ 139 e R$ 140 em Dourados. No estado de Goiás, os preços oscilaram entre R$ 134 e R$ 135 por saca em Rio Verde.
No mercado internacional, os contratos futuros da soja fecharam em alta, impulsionados pela recuperação dos preços do petróleo e pela forte demanda por soja dos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou recentemente a venda de 261 mil toneladas de soja para o México e outras exportações, o que ajudou a impulsionar os preços no mercado global. Os contratos de soja com vencimento em janeiro, por exemplo, subiram 1,12%, fechando a US$ 10,09 ¾ por bushel. O farelo de soja também teve uma valorização, com alta de US$ 0,70 por tonelada, fechando a US$ 290,30.
No Brasil, as cotações refletem, ainda, a volatilidade do câmbio. O dólar comercial teve uma queda de 0,67%, sendo negociado a R$ 5,7484 para venda e R$ 5,7464 para compra, o que pode influenciar o mercado interno nas próximas semanas. Enquanto o mercado segue monitorando as condições climáticas e a demanda global, as expectativas são de que o preço da soja continue em movimento de ajustes, com variações esperadas em função dos fatores internos e externos.