23/08/2024 às 10h10min - Atualizada em 23/08/2024 às 10h10min

Avanço na produção sustentável é alavancada pelo potencial das pastagens

Produção de carne bovina depende do manejo meticuloso das culturas forrageiras e outras práticas essenciais para o sucesso da atividade.

André Luiz Casagrande
Foto: Pixabay

Para a eficiência na produção de carne bovina, particularmente no contexto de animais mantidos a pasto, é crucial minimizar custos e maximizar índices produtivos, garantindo o sucesso financeiro da operação. O sistema se inicia na escolha de gramíneas e outras forrageiras, que devem respeitar as características locais de solo, clima e sazonalidade anual.

Diante desse cenário, o manejo de pasto influencia diretamente na produtividade dos animais, elevando significativamente o potencial de ganho quando feito da maneira correta. Isso impacta também a sustentabilidade da operação, mantendo a viabilidade da terra a longo prazo. 

“O manejo eficaz da pastagem envolve otimizar a utilização dos recursos para atender às necessidades nutricionais do gado”, destaca o zootecnista, doutor em Nutrição e Produção Animal e analista de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação da Premix, Wellington Luiz de Paula Araújo.

Na avaliação do especialista, um pasto bem manejado influencia diretamente na qualidade e na disponibilidade de forragem, resultando em altas taxas de crescimento, maior produção de leite, elevado desempenho reprodutivo e melhor saúde geral. Além disso, influencia no custo da suplementação, que se adequa à necessidade de complementação nutricional, diminuindo o custo geral de produção.

A importância da gestão de pastagens

Para o desenvolvimento sustentável do setor, conforme explica Araújo, a base de tudo está na melhoria da gestão das pastagens. Segundo ele, a pecuária brasileira sempre terá o pasto como principal fonte de alimentação dos animais, já que é onde eles passam a maior parte do ciclo produtivo. 

“É importante utilizar estratégias que garantam uma boa quantidade e qualidade da forragem disponível para o gado, como um bom manejo de pasto, do solo, da água disponível, além escolher forrageiras que se adequem a cada sistema produtivo”, acrescenta.

Ele orienta ainda que é importante olhar o sistema como um todo e entender que todas as peças são fundamentais para o bom funcionamento e acrescenta que, direcionando o olhar para o animal, é essencial fornecer espaço, água e uma dieta de qualidade, balanceada, para suprir suas exigências, assim como condições adequadas de sanidade.

Menos custos e mais produtividade

No que diz respeito ao sistema de manejo das culturas forrageiras, e para que o pecuarista possa minimizar custos e maximizar os índices de produção, Araújo comenta que o primeiro passo é corrigir o solo e selecionar a forragem adequada a cada realidade. 

“Após isso, é importante pensar em implementar formas de pastejo alternado, explorando o máximo potencial produtivo da pastagem. Focando sempre na otimização dos recursos disponíveis, os investimentos em uma pastagem de qualidade têm ótima resposta produtiva e financeira, e devem ser o primeiro olhar do pecuarista”, complementa.

Sobre as perspectivas em relação ao segmento, ele acredita que, impulsionado por uma combinação de avanços tecnológicos e crescentes preocupações com a atividade, a pecuária no Brasil está, atualmente, passando por uma transformação significativa. 

Ele lembra ainda que o país tem se destacado como um dos maiores produtores de carne bovina do mundo, melhorando índices ano após ano sem aumentar o uso de áreas, o que significa eficiência no uso das pastagens e implementação de estratégias satisfatórias.

“Embora o setor esteja pronto para crescer ainda mais, o foco na sustentabilidade será fundamental para seu sucesso a longo prazo, garantindo que o Brasil continue ocupando lugar de destaque na pecuária global”, conclui.

 

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