31/07/2024 às 08h56min - Atualizada em 31/07/2024 às 08h56min
Mercado financeiro aguarda impactos de anúncio da Selic pelo Copom nesta quarta
Mercados aguardam decisões monetárias e analisam o impacto no principal índice da Bolsa Brasileira
- Da Redação, com MoneyTimes
Foto: Leonardo Sá / Agência Senado O mercado financeiro está atento às decisões de política monetária dos principais bancos centrais nesta quarta-feira, 31. O Banco Central do Brasil (BCB) deverá manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, o menor nível desde março de 2022, mas o Comitê de Política Monetária (Copom) adotará um tom cauteloso em seu comunicado, destacando preocupações com a inflação e o cenário fiscal.
Em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,21%, uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando a alta foi de 0,46%. Apesar disso, as previsões para a inflação de 2024 foram revisadas para 4,1% no último Relatório Focus, indicando uma expectativa de pressão contínua sobre os preços.
O governo, por sua vez, anunciou cortes orçamentários significativos, afetando áreas como Saúde, Educação e Cidades, com uma contenção de R$ 15 bilhões. Contudo, analistas acreditam que essas medidas podem não ser suficientes para mitigar os riscos fiscais a longo prazo.
No mercado de ações, o Ibovespa (IBOV) encerrou a última sessão com queda de 0,64%, em 126.139,21 pontos, refletindo um desempenho negativo influenciado pela baixa nas commodities — o petróleo Brent caiu mais de 1% e o minério de ferro perdeu quase 3%. O dólar também registrou leve alta, fechando a R$ 5,6173.
Enquanto isso, o Federal Reserve dos Estados Unidos (Fed) também está sob os holofotes, com expectativa de manutenção da taxa de juros entre 5,25% e 5,50%. A fala do presidente Jerome Powell na coletiva de imprensa será crucial para os investidores, que buscam sinais de possíveis cortes de juros em setembro, como indicado por 89,6% dos participantes do mercado segundo o CME FedWatch.
Além disso, o Banco Central do Japão (BoJ) surpreendeu ao elevar sua taxa de juros em 0,15 ponto percentual, para a faixa de 0,15% a 0,25%, sinalizando a possibilidade de novos aumentos se a inflação continuar a subir.