​Preços do milho recuam 4% em Chicago após relatório do USDA

Preços na Bolsa seguem tendência internacional e acumulam perdas no mês de junho

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O mercado de milho fechou a sexta-feira, 28, em queda tanto na Bolsa de Chicago (CBOT) quanto na Bolsa Brasileira (B3), refletindo o impacto negativo do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os preços do milho em Chicago recuaram quase 4% no dia, resultando em uma queda semanal de 9% e uma desvalorização acumulada de quase 11% ao longo de junho. Os contratos futuros de julho/24 fecharam cotados a US$ 3,97, uma desvalorização de 16,50 pontos.
 
Na B3, os preços futuros do milho também apresentaram movimento negativo, influenciados mais pelo cenário internacional do que pelo câmbio. As cotações variaram entre R$ 56,85 e R$ 66,71, com perdas de até 2,2% no dia. No acumulado semanal, os contratos de julho/24 caíram 1,30%, enquanto os de setembro/24 recuaram 2,03%. Ao longo do mês de junho, as desvalorizações foram de 2,34% para julho/24 e 3,56% para setembro/24.
 
Segundo Stefan Podsclan, Consultor de Grãos e Projetos na Agrifatto, as cotações na B3 estavam inclinadas a fechar a semana em alta devido ao fortalecimento do dólar ante o real. No entanto, o peso negativo do mercado de Chicago prevaleceu, resultando em quedas nas cotações nacionais. A maior oferta de milho nos Estados Unidos, projetada pelo USDA, também afetou a competitividade do milho brasileiro no mercado de exportação.
 
No mercado físico brasileiro, a saca de milho teve um último dia da semana negativo, com desvalorizações em várias regiões. A análise da SAFRAS & Mercado indica que o aumento nas vendas de milho da safra passada, combinado com a expectativa de maiores estoques com a colheita da safrinha, contribuiu para a queda nos preços.