14/05/2024 às 09h29min - Atualizada em 14/05/2024 às 09h29min

Exportações brasileiras de café atingem recorde histórico em abril e no quadrimestre

Impulsionadas pelo desempenho do café canéfora (conilon e robusta), as vendas externas do produto bateram marcas inéditas, com receita cambial também em alta.

- Da Redação, com Canal Rural
Foto: reprodução

O Brasil registrou um novo recorde de exportações de café em abril deste ano, embarcando 4.222 milhões de sacas de 60 kg, um aumento de 53,3% na comparação com o mesmo mês de 2023. O desempenho também rendeu a maior receita cambial já registrada para qualquer mês, chegando a US$ 935,3 milhões, alta de 52,6%.

No acumulado do ano-safra 2023/24 (até abril), as exportações brasileiras de café totalizaram 39,256 milhões de sacas, um aumento de 28,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita cambial alcançou US$ 7,939 bilhões, alta de 13,3%.

Segundo o presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Márcio Ferreira, esse forte desempenho é impulsionado principalmente pelo café canéfora (conilon e robusta), que também bateu recorde no período. As vendas externas dessa variedade atingiram alta de 548% no primeiro quadrimestre, chegando a 2.559 milhões de sacas.

“A recuperação da colheita em 2023 permitiu que os embarques de arábica envolvessem volumes consideráveis ​​e, principalmente, que os de conilon e robusta apresentassem desempenhos históricos”, afirma Ferreira. 

O cenário internacional também favoreceu as exportações brasileiras, com menor disponibilidade de café robusta indonésia e vietnamita, abrindo espaço para o café brasileiro. Países como México, Colômbia, Vietnã e Indonésia possuem cafés importados do Brasil para atender seus compromissos de consumo e reexportação.  

Apesar dos registros, os exportadores brasileiros enfrentam desafios logísticos, com altos índices de atrasos nos portos e falta de espaço nos navios, principalmente no

Os Estados Unidos se mantêm como o principal destino das exportações de café do Brasil, seguidos por Alemanha, Bélgica, Itália e Japão. Todos os 10 principais compradores aumentaram suas importações do produto no primeiro quadrimestre deste ano.

 

 

 

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