Enchentes paralisam dez frigoríficos do Rio Grande do Sul e risco de desabastecimento cresce

Associação alerta para a paralisação de unidades produtoras de carnes de aves e suínos devido aos impactos das enchentes no estado

Foto: Reprodução Instagram / Governo do Rio Grande do Sul

Dez unidades produtoras de carnes de aves e suínos no Rio Grande do Sul estavam paralisadas ou enfrentando dificuldades extremas para operar na segunda-feira (6), impactadas pelas enchentes que assolaram o estado desde a semana passada, conforme relatado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
 
Com a inviabilidade temporária de núcleos que representam a maior parte da produção de carne de frango e grande parte da carne suína do estado, há preocupações de que a população gaúcha possa enfrentar desabastecimento de produtos até que a produção seja retomada - um processo que pode levar mais de 30 dias", afirmou a ABPA em comunicado.
 
Algumas unidades estão impossibilitadas de processar insumos ou de transportar colaboradores. O Rio Grande do Sul responde por 11% da produção de carne de frango e 19,8% da produção de carne suína do país, com produtos destinados ao consumo interno e à exportação.
 
A ABPA informou que, em conjunto com seus associados e em apoio à Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e ao Sindicato das Indústrias Produtoras de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (Sips), está monitorando a situação da avicultura e da suinocultura no estado.
 
"No momento, a prioridade é salvar vidas e garantir o necessário para a sobrevivência daqueles que foram mais afetados e perderam tudo neste momento - entre os colaboradores do setor, há relatos de perdas totais devido às cheias", afirmou a entidade.
 
"Também é uma prioridade garantir a alimentação dos animais que estão nas propriedades. Além das perdas estruturais, os núcleos de produção enfrentam escassez de itens básicos como água, luz e comunicações."