22/04/2024 às 08h38min - Atualizada em 22/04/2024 às 08h38min

Preço ao produtor de leite avança, mas dificuldades com repasse ao consumidor preocupam

Produto alcançou R$ 2,2347/litro após registrar quarto aumento de preços consecutivo

- Da Redação, com Cepea
Foto: Reprodução
O preço do leite captado em fevereiro registrou a quarta alta mensal consecutiva e chegou a R$ 2,2347/litro na “Média Brasil” do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Em termos reais, houve alta de 3,8% frente a janeiro, mas queda de 21,6% em relação a fevereiro/23 (os valores foram deflacionados pelo IPCA).

Pesquisas em andamento do Cepea apontam que o leite cru captado em março deve seguir valorizado, com a Média Brasil podendo registrar avanço em torno de 4%.

Impulsionados pela menor oferta no campo, os preços dos derivados lácteos negociados no atacado de São Paulo subiram pelo terceiro mês consecutivo. De acordo com pesquisas diárias do Cepea, realizadas em parceria com a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), as cotações médias do leite UHT e da muçarela foram de R$ 4,13/litro e R$ 28,66/kg em março, respectivas altas de 3,9% e 0,25%, em termos reais, quando comparadas às de fevereiro. Já em relação ao mesmo período do ano passado, verificam-se desvalorizações reais de 9,37% para o UHT e de 8,53% para a muçarela (valores deflacionados pelo IPCA de março).

As importações brasileiras de derivados lácteos seguiram em queda em março, terceiro mês seguido de baixas. Quanto às exportações, também recuaram frente a fevereiro. Ainda assim, houve redução no déficit da balança comercial no mês. De acordo com dados da Secex, foram adquiridos 179 milhões de litros em equivalente leite em março, volume 3,3% abaixo do registrado em fevereiro, mas ainda 14,4% maior que a quantidade importada no mesmo período do ano passado.

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira se manteve estável de fevereiro para março, considerando-se a “média Brasil” (bacias leiteiras de BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS). Com isso, o primeiro trimestre de 2024 se encerrou com uma leve retração no custo, de 0,3%. Apesar da leve recuperação nas cotações de grãos no período, os preços de insumos destinados à dieta animal continuaram recuando. 

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