25/03/2024 às 09h04min - Atualizada em 25/03/2024 às 09h04min

​Mercado de trigo mantém estabilidade e agentes monitoram Rússia e Argentina

Cotações internacionais e qualidade do produto argentino são focos de atenção para o setor

- Da Redação, com Safras & Mercado
Foto: Reprodução
O mercado nacional de trigo permanece estável, sem grandes alterações, enquanto os agentes do setor mantêm um olhar atento sobre os movimentos internacionais, especialmente na Rússia e na Argentina. Segundo o analista de Safras & Mercado, Elcio Bento, o mercado brasileiro continua enfrentando uma lentidão nos negócios, com grande parte do foco voltado para as condições na Argentina, onde a paridade de importação tem sido uma referência e o preço do trigo está acima do praticado no Brasil. Bento destaca ainda que a qualidade do grão argentino é considerada superior.

Enquanto isso, a Rússia continua a desempenhar um papel central nas cotações globais de trigo, com suas exportações superando as de outros grandes produtores, como o Canadá. Desde agosto de 2022, a Rússia tem influenciado os preços mundiais com recordes de produção, o que tem sido intensificado pelo contexto de guerra, levando o país a buscar a venda de grandes volumes para financiar suas operações militares.

Apesar da tendência de queda observada nos últimos meses, especialmente após o trigo russo atingir a marca de US$ 200 por tonelada, Bento ressalta que há indícios de que as cotações possam se estabilizar, sugerindo que a Rússia encontrou um ponto de suporte no mercado internacional. Surpreendentemente, o preço do trigo russo no Nordeste brasileiro já está competindo com o argentino, desafiando as expectativas iniciais.

No cenário argentino, o país continua sendo o principal fornecedor de trigo para o Brasil, com uma oferta que, neste ano, se mostra mais robusta. Contudo, a necessidade de escoar essa oferta tem levado a Argentina a se tornar mais agressiva nas exportações, o que pode impactar a disponibilidade do produto para outros países, incluindo o Brasil.

Diante desse panorama, os moinhos brasileiros precisam estar atentos a possíveis mudanças no mercado internacional, buscando alternativas caso a demanda argentina se torne ainda mais aquecida.

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