​La Niña tem 75% de chance de impactar safra 2024/25, afirma NOAA

Órgão dos EUA alerta para possíveis prejuízos na produção de soja e milho na América Latina

Foto: Divulgação / NOAA

O fenômeno climático La Niña pode ganhar força durante o segundo semestre de 2024, de acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, em inglês), dos Estados Unidos. O período de mudanças climáticas previsto a partir de julho pode prejudicar a produção de soja e milho na América Latina.

Segundo dados divulgados pelo órgão de meteriologia, o La Niña apresenta 75% de chance de estar ativo durante a safra 2024/25. Esse fenômeno tende a reduzir as chuvas na região Sul do Brasil, o que pode afetar as plantações a partir do segundo semestre deste ano, especialmente considerando que os produtores iniciam o plantio de soja no final de setembro.

O Centro de Previsão Climática (CPC) do Serviço Meteorológico Nacional ressalta que, embora as previsões feitas durante a primavera no hemisfério norte sejam menos confiáveis, há uma tendência histórica de o La Niña suceder fortes eventos do El Niño.

O meteorologista Willians Bini, da Climatempo, destaca a importância da atenção da região Sul diante do retorno do La Niña, observando que essa informação é extremamente relevante para o setor agro, devido ao possível déficit hídrico em algumas áreas.
Apesar das preocupações para o Sul, o La Niña pode trazer benefícios para o Norte e Nordeste, especialmente após secas severas no último ano.

"São condições favoráveis. O La Niña pode garantir um fôlego a mais para a próxima safra com chuvas mais bem distribuídas no Matopiba", ressaltou Bini. A expectativa é que, para a região Norte, o retorno à normalidade ocorra após o período de seca, com o aumento das chuvas à quantidade habitual na região.