04/03/2024 às 09h33min - Atualizada em 04/03/2024 às 09h33min

Café registra queda de preços em fevereiro, mas segue entre 180 e 190 centavos

No fechamento do mês na Bolsa de NY, o contrato maio acumulou uma queda de 3,5%

- Da Redação, com Safras & Mercado
Foto: Reprodução
O mês de fevereiro trouxe a tradicional volatilidade para o mercado de café, tanto no arábica quanto no robusta, refletindo nas Bolsas de Nova York (ICE Futures US) e de Londres, respectivamente. O mês foi marcado por baixas acumuladas em ambos os casos, com os arábicas de qualidade apresentando uma resistência um pouco melhor em comparação ao conilon no mercado físico brasileiro.

A perspectiva de melhora nas condições climáticas no Brasil, com chuvas mais frequentes e a umidade necessária para o desenvolvimento final da safra 2024, exerceu pressão sobre os preços nas bolsas. Além disso, a volatilidade financeira, influenciada pelas oscilações do petróleo, das bolsas de valores e do dólar, impactou significativamente o mercado futuro de café.

A aproximação da entrada da safra brasileira também contribui para a pressão sazonal sobre as cotações. Embora haja expectativas positivas para uma boa safra, com alguns problemas pontuais em regiões produtoras, o mercado continuará monitorando as informações sobre o tamanho da safra nos próximos meses.

As exportações brasileiras de café registraram um ritmo recorde de embarques para janeiro, o que exerce uma pressão adicional sobre os preços. Destaque para o amplo crescimento nos embarques de conilon, tornando o Brasil mais competitivo no mercado global.

O comportamento positivo do dólar em relação ao real também contribui para a baixa nos preços do café em Nova York, aumentando a competitividade das exportações brasileiras. O dólar comercial encerrou fevereiro com alta de 0,8%, fechando o mês em R$ 4,9738.

Apesar do balanço negativo no mês, a Bolsa de Nova York manteve-se entre 180 e 190 centavos, indicando uma sustentação técnica e preocupações com a oferta no curto prazo. Resta saber se os preços conseguirão manter-se nessa faixa com a chegada da safra brasileira.

No fechamento de fevereiro, na Bolsa de NY, o contrato maio acumulou uma queda de 3,5%, enquanto em Londres, o robusta para maio registrou uma desvalorização de 2,3% no mesmo período.

No mercado físico brasileiro, os arábicas de melhor qualidade mantiveram-se mais estáveis devido à oferta controlada e à demanda, enquanto o dólar firme internamente também serviu como um suporte. O café arábica bebida boa no sul de Minas Gerais fechou fevereiro com a mesma cotação do final de janeiro, enquanto o conilon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, registrou uma desvalorização de 1,8% no acumulado do mês.

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