22/02/2024 às 10h21min - Atualizada em 22/02/2024 às 10h21min

​Brasil: Entre a liderança na produção de energia renovável e o desafio da poluição

Mesmo com energia majoritariamente limpa, país enfrenta desafios ambientais devido ao desmatamento e mudança no uso da terra

Fred Almeida
Com Terra e A. Brasil
Foto: Reprodução
O Brasil figura como um exemplo global de sucesso no que diz respeito à geração de energia limpa. Dados recentes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) revelam que até abril deste ano, mais de 90% da energia elétrica gerada no país provém de fontes renováveis, como hidráulica, eólica e solar. Essa marca é um testemunho da capacidade do Brasil em aproveitar seus recursos naturais de forma sustentável e eficiente.

No entanto, por trás desse cenário positivo, o Brasil enfrenta um desafio significativo: sua posição como o sexto maior emissor de gases poluentes do mundo. O desmatamento sistemático das florestas brasileiras é o principal responsável por essa realidade preocupante. Segundo dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) do Observatório do Clima, o desmatamento, especialmente na Amazônia, responde por quase metade das emissões globais do Brasil.

Essa situação contrasta com outros países poluidores, cujas fontes de poluição são diversas. 

Por exemplo, na China, líder mundial em emissões de gases do efeito estufa, a queima de carvão para produção de energia elétrica e a atividade industrial são as principais fontes de emissão. Nos Estados Unidos, o segundo maior emissor, a queima de combustíveis fósseis no transporte e na geração de energia é predominante. A Índia, por sua vez, enfrenta desafios semelhantes à China, com a queima de carvão sendo uma importante fonte de emissão.

A situação é um alerta para a comunidade global, especialmente diante das preocupações crescentes com as mudanças climáticas. A concentração de gases de efeito estufa na atmosfera atingiu níveis alarmantes em 2022, conforme alertado pela Organização das Nações Unidas (ONU). É fundamental que o Brasil e outros países adotem medidas urgentes para reduzir suas emissões e mitigar os impactos das mudanças climáticas, garantindo um futuro sustentável para as gerações futuras.

No entanto, a ação isolada do Brasil não vai resolver os problemas das mudanças climáticas, como o aquecimento global, e dos ciclos perene das chuvas e períodos de insolação. A ação tem que ser coordenada e realizada por todos os grandes poluidores. A próxima reunião da Conferência do Clima, em Belém, no Pará, é um divisor de águas no enfrentamento do problema. 

Nesta última terça-feira (20), os Estados Unidos lançaram um satélite com a tecnologia mais avançada e precisa para realizar um estudo completo e preciso das mudanças climáticas no planeta e descobrir se e como ciclos climáticos se alteraram e quais as intervenções necessárias e urgentes para uma adaptação aos novos tempos. Os dados deverão municiar novas políticas a serem adotadas coletivamente. 

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