18/12/2023 às 18h57min - Atualizada em 18/12/2023 às 18h57min

Tensões globais no mercado de café: Conilon avança 11% e arábica 6% na semana

Quebra na Ásia e clima incerto no Brasil impulsionam preocupações e elevam valores das commodities

- Da Redação, com Notícias Agrícolas
Foto: Reprodução

Uma semana turbulenta marcou o mercado futuro do café, com flutuações nos preços que refletem preocupações significativas. O café arábica, na Bolsa de Nova York (ICE Future US), encerrou a sexta-feira (15) com ajustes técnicos, evidenciando certa estabilidade após dias de grande volatilidade. Em Londres, o robusta manteve uma valorização contínua, adicionando mais 1% aos preços.

 

Em Nova York, os contratos para março/24 registraram uma queda de 130 pontos, sendo negociados a 189,30 cents/lbp, enquanto maio/24 apresentou uma baixa de 45 pontos, valendo 186,80 cents/lbp. Julho/24 teve uma diminuição de 5 pontos, cotado a 187,05 cents/lbp, e setembro/24 teve um incremento de 5 pontos, atingindo 187,85 cents/lbp. Apesar da estabilidade diária, o contrato referência cresceu expressivamente em 6,86% durante a semana.

 

Em Londres, o cenário foi de alta contínua: março/24 subiu US$ 28 por tonelada, atingindo US$ 2825; maio/24 teve uma elevação de US$ 21 por tonelada, cotado a US$ 2762; julho/24 aumentou em US$ 16 por tonelada, chegando a US$ 2707; e setembro/24 teve um acréscimo de US$ 18 por tonelada, negociado a US$ 2658. O avanço semanal foi ainda mais notável, atingindo 11%.

 

As preocupações com a oferta global de café, tanto robusta quanto arábica, têm sido a base para esse panorama de oscilações. A quebra de safra no Vietnã e na Indonésia tem gerado um cenário de demanda contínua para esse tipo de café, impulsionando os preços internacionalmente.

 

O café arábica também viu um crescimento, especialmente devido às apreensões com o clima no Brasil. As chuvas irregulares e as altas temperaturas nas principais áreas produtoras geram incertezas para o próximo ano. Neste período de virada do ano fiscal, os produtores mantêm uma participação cautelosa no mercado, fechando negócios conforme a necessidade de capitalização.

 

No Brasil, as principais praças de comercialização mantiveram-se estáveis. O tipo 6 bebida dura bica corrida foi cotado em R$ 1.004 em Guaxupé/MG, R$ 990 em Poços de Caldas/MG, R$ 1.030 em Patrocínio/MG, R$ 1.040 em Machado/MG e R$ 1.030 em Franca/SP. Já o tipo cereja descascado teve uma queda de 0,45% em Campos Gerais/MG, com negociações em R$ 1.101, enquanto em outras regiões como Guaxupé/MG, Poços de Caldas/MG, Patrocínio/MG e Varginha/MG, os preços se mantiveram estáveis ao redor de R$ 1.057 a R$ 1.080.

 

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