06/12/2023 às 09h08min - Atualizada em 06/12/2023 às 09h08min
Setor agropecuário segue como motor do crescimento econômico, destaca IBGE
Avanço expressivo na agropecuária impulsiona PIB, enquanto setores industrial e de serviços apresentam desempenhos diversos
- Da Redação, com Canal Rural
Foto: Reprodução O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro apresentou crescimento de 2% no terceiro trimestre de 2023 em comparação ao mesmo período do ano anterior, impulsionado principalmente pelo expressivo avanço de 8,8% no setor agropecuário, conforme afirmou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
Segundo Palis, o destaque desse período foi o notável crescimento na agropecuária, um componente fundamental que contribuiu significativamente para o avanço do PIB nacional. Produtos com safras relevantes, como milho (19,5%), cana-de-açúcar (13,1%), algodão herbáceo (12,5%) e café (6,9%) impulsionaram esse crescimento, juntamente com a contribuição positiva da pecuária.
Enquanto o setor agropecuário exibia um crescimento vigoroso, outros setores apresentaram desempenhos diversos. O PIB da Indústria registrou alta de 1%, impulsionado pela atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos, que teve um aumento de 7,3% graças ao maior consumo de eletricidade, principalmente residencial.
Por outro lado, a Construção teve um recuo de 4,5% devido a retrações na ocupação e produção dos insumos característicos dessa atividade. Nas Indústrias de transformação, houve queda de 1,5%, especialmente em máquinas e equipamentos, produtos químicos, indústria automotiva e metalurgia.
No setor de Serviços, o PIB subiu 1,8%, com destaque para o crescimento em Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (7,0%), Atividades imobiliárias (3,6%), Informação e comunicação (1,6%) e Transporte, armazenagem e correio (1,6%).
Do lado da demanda, o Consumo das Famílias registrou um crescimento de 3,3%, impulsionado por auxílios governamentais e melhora no mercado de trabalho. O Consumo do Governo cresceu 0,8%. No entanto, a Formação Bruta de Capital Fixo (medida dos investimentos no PIB) recuou 6,8% nesse período, refletindo perdas na produção doméstica de bens de capital e na importação desses bens, além de um declínio na construção.