No fechamento de novembro, os preços do trigo enfraqueceram após um período de altas expressivas ao longo do mês. Especialistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destacaram nesta terça (5) que a retração nos valores está associada à entrada de trigo argentino no mercado brasileiro, com a previsão de novos volumes chegando em janeiro.
A aproximação do final do ano também tem impactado o mercado, levando os agentes dos moinhos a reduzirem o ritmo de aquisição de novos lotes. Paralelamente, os produtores têm oferecido volumes reduzidos, aguardando expectativas de melhores preços para o trigo tipo 1 no próximo ano.
Considerando dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) entre 20 e 24 de novembro, a paridade de importação do trigo argentino foi de US$ 256,90 a tonelada para o produto posto no Paraná. Com base na média do dólar durante esse período, o trigo importado foi negociado a R$ 1.255,36 a tonelada, enquanto o trigo brasileiro no Paraná alcançou uma média superior, atingindo R$ 1.333,46 a tonelada conforme os registros do Cepea.
No Rio Grande do Sul, a paridade para o trigo argentino situou-se em US$ 240,27 a tonelada, equivalendo a R$ 1.174,06 a tonelada em moeda nacional, enquanto a média do Cepea para o estado foi de R$ 1.241,20 a tonelada.
Etanol Em outro contexto, os preços dos etanóis anidro e hidratado registraram queda na última semana de novembro. O aumento na oferta, entrada de etanol de outros estados da região Centro-Sul e uma demanda ainda tímida foram apontados como fatores que pressionaram os preços para baixo.
Entre 27 de novembro e 1º de dezembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado, segmento produtor de São Paulo, fechou a R$ 2,0536 o litro (líquido de impostos), representando uma queda de 1,63% em comparação ao período anterior. Para o etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ atingiu R$ 2,3858 o litro, valor líquido de impostos (PIS/Cofins), indicando uma queda de 1,32% no mesmo comparativo.